5 de maio de 2015

Engajamento de Fornecedores, você pratica em sua empresa?



A palavra Fornecedor, segundo a Wikipedia é derivada do francês fournisseur, verbo fournir, em português: fornecer, abastecer, prover: é aquele que fornece mercadorias ou serviços ao consumidor.


Já segundo o  Direito Brasileiro, e conseqüentemente, no Código de Defesa do Consumidor é considerado fornecedor toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvam atividades de produção, montagem, transformação, beneficiamento, acondicionamento ou reacondicionamento, renovação ou recondicionamento, criação, construção, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços (bancos, segurados, corretoras, etc.). Isto é todo aquele que de alguma forma interfere no produto ou serviço assumido sua participação e responsabilidade pelo que fez.



Definirmos o que é um fornecedor é a parte fácil, a parte difícil é engajá-lo como parte da cadeia de valor de uma organização, e garantir que eles estejam alinhados aos seus objetivos estratégicos. 


O especialista em Projetos da FNQ, Francisco Teixeira Neto, explica como deve ser uma boa gestão de fornecedores:


É importante ter critérios para a seleção e avaliação dos fornecedores. É preciso verificar se há alinhamento entre os valores e princípios organizacionais do fornecedor e os da organização contratante. “Especialmente no que concerne à ética, à garantia da qualidade e à responsabilidade social”.


Os fornecedores também precisam ter práticas que respeitem e assegurem os mesmos compromissos firmados entre a organização contratante e as partes interessadas, assim como a imagem e a reputação junto ao mercado. “Exemplo dessa prática seria a não contratação de mão de obra escrava ou infantil ou até mesmo de empresas que fornecem produtos de origem duvidosa como contrabandeados ou madeiras de florestas nativas. Também é preciso ficar atento àquelas que participam de corrupção ativa ou passiva”. Ao ter um processo de seleção eficiente, a chance de uma organização contratante sofrer consequências e penalidades de práticas irresponsáveis ou ilegais vindas de um fornecedor é muito baixa. 


Outro aspecto que deve ser levado em conta é a capacidade do fornecedor em suprir a demanda no prazo e nas condições firmadas, ou seja, atender aos requisitos técnicos solicitados, cumprir a responsabilidade legal e tributária. “É preciso verificar, também, se há a garantia de condições de trabalho aos colaboradores, se há o devido pagamento de impostos e se possuem as certidões necessárias para a operação”. Um exemplo de não alinhamento de requisitos são os casos de recall, que algumas organizações realizam ao perceberem falhas nos produtos vindos de seus fornecedores. 


Francisco chama a atenção para a avaliação de fornecedores. Para ele, é necessário uma definição clara dos requisitos mínimos a serem seguidos pelo fornecedor e pelos quais esse será avaliado. “A transparência dos critérios de avaliação é fundamental para ambas as partes. O processo de avaliação requer uma prática sistematizada, que regularmente avalie e dê um parecer sobre o grau de satisfação do contratante. Isso vale tanto para o produto entregue quanto para o serviço prestado”.


Existem casos de organizações que participam e investem no processo de desenvolvimento de fornecedores. Em algumas, o processo de seleção visa somente identificar fornecedores em potencial, com condições mínimas para o atendimento. “Uma vez aprovados, eles passam a ser qualificados nos padrões desejados pela contratante para, então, começar a oferecer produtos e serviços”.


Ainda com exemplos, o especialista da FNQ conta que há empresas que contribuem para o desenvolvimento dos fornecedores por meio de avaliações, auditorias e cursos, atuando conjuntamente no desenvolvimento de produtos. “Nesse caso, o objetivo é o constante aprimoramento da prestação de serviços de um determinado fornecedor. Esse desenvolvimento, em qualquer das situações, pode envolver tanto aspectos operacionais como atitudinais”, finaliza Francisco.



Autor: Rosemeire Hespanholeto


Fonte: FNQ

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