14 de agosto de 2015

Factoring e FIDC, você conhece as diferenças?



FIDC

É a sigla para Fundos de Investimento em Direitos Creditórios, e o primeiro foi criado em 2001 pelo Conselho Monetário Nacional, e regulamentados pela Comissão de Valores Mobiliários.

Também conhecidos como fundos de recebíveis, eles têm a maior parte de sua carteira compostas por títulos de crédito.

Os Fundos de Investimento em Direitos Creditórios são uma modalidade de Fundo de Investimento, cujas cotas são vendidas para investidores qualificados. Os fundos podem ser abertos e/ou fechados.



Os fundos abertos são aqueles em que os cotistas podem efetuar mais aplicações e/ou solicitar o resgate de suas cotas a qualquer momento. Os fundos fechados são aqueles em que o resgate de cotas acontece no término do prazo de duração, ou seja, na liquidação do FIDC.

Embora tenham semelhanças na composição das carteiras as operações do Fundo de Investimentos em Direitos Creditórios e das Factoring têm regras e objetivos bastante diferenciados.

Factoring (Fomento Mercantil)

O Factoring é a compra das contas a receber de curto prazo de uma empresa, que variam, em média, entre 15 e 180 dias. Também conhecido como Fomento Mercantil.

O Factoring é um tipo de transação financeira que dá acesso às empresas ao dinheiro das vendas de forma mais rápida, para aproveitarem as oportunidades de crescimento ou para superar problemas de caixa temporários.

Empresas de Factoring compram títulos de crédito performados – ou seja, duplicatas, cheques e outras modalidades de recebíveis com vencimento futuro – pagando ao cedente do título, o valor do documento aplicando uma taxa de desconto.

Diferenças entre Factoring e FIDC:

Embora ambos envolvam a capitalização das contas a receber de uma empresa, existem no entanto, algumas diferença entre Factoring e Fundo de Investimentos em Direitos Creditórios:

Factoring:
Factoring é o acordo entre uma empresa de fomento mercantil e uma empresa cedente de um título de crédito, na qual a primeira instituição adquire créditos contábeis futuros de uma empresa, e os paga à vista ao Cedente (empresa).

Existem 2 partes envolvidas na operação: A instituição (Factoring / Fomento Mercantil e a empresa (Cedente).

Os processos de avaliação de crédito do Factoring costumam ser mais rápidos, pela estrutura geralmente mais enxuta, com processos mais ágeis e menos burocráticos.

FIDC:
Fundo de Investimentos em Direitos Creditórios é o processo de conversão de ativos não líquidos em ativos líquidos, convertendo mais dinheiro para o fluxo de caixa.

Existem muitos investidores envolvidos: que investem no ativo securitizado.

Possuí algumas regras de investimento e, por envolver muitos investidores, é necessário ter uma classificação de crédito mais profunda, além de um cadastro completo do cedente do título.

No FIDC, qualquer classe de ativos financeiros, como empréstimos hipotecários, cartões de crédito, entre outros, são empacotados e os títulos são emitidos para os investidores contra esses ativos. O emissor recebe assim, dinheiro antecipadamente através de venda desses títulos.

Quando o FIDC é feito junto a um banco ou instituição financeira, eles criam um mecanismo que é chamado de SPV (Special Purpose Vehicle), que é como uma garantia, que adquirem recebíveis ou outros ativos e emitem os títulos aos investidores.

Ativos que podem ser securitizados são: empréstimos e financiamentos, (habitação, veículos, CDC) e outras formas de futuros recebíveis como pagamentos de cartão de crédito, venda de ingressos, aluguel de carros, ou quaisquer outros recebíveis futuros.

Venda de recebíveis:

O saldo de contas a receber de uma empresa representa dinheiro devido a ela por clientes, sendo que estes recebíveis podem levar um longo tempo até se transformarem em dinheiro.

Por isso, o FIDC e o Factoring surgem como uma oportunidade de receber o dinheiro por seus recebíveis de forma mais rápida.

Para as pequenas e médias empresas, o tempo necessário para conseguir recorrer ao Fundo de Investimentos em Direitos Creditórios pode ser maior do que a venda dos títulos a uma Factoring.

De qualquer maneira, os gestores financeiros têm esses 2 recursos ao seu dispor, para converter recebíveis em dinheiro.

Autor: Rosemeire Hespanholeto
Fonte: SINFAC (Sindicato das Sociedades de Fomento Mercantil Factoring do Estado de São Paulo)

Um comentário:

  1. Ficou muito bem explicado, sempre trabalhei em bancos privados do segmento varejo e nunca tive este tipo de crédito para ofertar aos meus clientes, pois o banco prioriza operações com retornos maiores. Agradeço por compartilhar seus conhecimentos, obrigado.
    Ricardo da Conceição

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